Segurança Rodoviária: Caixa Negra. Com o objetivo de reduzir o índice de sinistralidade rodoviária, a União Europeia tornou obrigatória, sendo assim, a partir de junho de 2024, a instalação de novos sistemas nos automóveis. Além do limitador de velocidade, passará também a ser obrigatória uma caixa negra nos automóveis. Assim como o primeiro, a caixa negra também gerou polémica, sobretudo devido aos dados que recolhe.
A caixa negra, semelhante à existente nos aviões, será instalada nos automóveis. No entanto, ao contrário destes, nos carros o sistema não terá a capacidade de gravar conversas no habitáculo. A caixa negra dos automóveis será semelhante a um tacógrafo, utilizado em veículos pesados. Portanto o seu objetivo é permitir a reconstituição em caso de acidente rodoviário, facilitando o apuramento de responsabilidades.
Atualmente, recorre-se a serviços de peritagem para determinar se o condutor circulava em excesso de velocidade antes do acidente. Com a caixa negra, este serviço deixará de ser necessário, uma vez que o veículo fornecerá essa informação. Além disso, será possível saber se os passageiros estavam a usar todos os cintos de segurança no momento do acidente — algo mais difícil de concluir recorrendo aos serviços de peritagem. Outra vantagem da caixa negra é a possibilidade de os fabricantes de automóveis melhorarem os sistemas de segurança.
A obrigatoriedade da caixa negra nos automóveis aplica-se apenas a carros lançados a partir de junho de 2024.
Segurança Rodoviária: Caixa Negra
A caixa negra nos automóveis irá registar dados de telemetria, tais como:
A pressão no acelerador ou as rotações do motor
O ângulo de viragem e a velocidade angular em graus
A velocidade nos últimos 5 segundos
O uso dos travões
A direção do Delta V (aceleração positiva ou negativa)
A ativação dos airbags e pré-tensores dos cintos
O uso dos cintos de segurança e as dimensões dos ocupantes
A variação da velocidade à qual o veículo foi submetido após o impacto
A aceleração longitudinal em metros por segundo ao quadrado
Contudo, de modo a proteger os dados, a UE pretende que estes sejam usados apenas em caso de acidente.